sexta-feira, 25 de junho de 2010


Durante o mês de novembro de 1904, o Rio de Janeiro, então capital federal, foi palco de uma das maiores revoltas urbanas ocorridas no país: a Revolta da Vacina. Milhares de habitantes tomaram as ruas da cidade em violentos conflitos com a polícia. O motivo era uma polêmica medida adotada pelo governo de então: a vacinação obrigatória.

Contando com uma população de mais de 800 mil habitantes, a cidade era constantemente vitimada por surtos de febre amarela, varíola, peste bubônica, malária, tifo e tuberculose. Na tentativa de pôr fim a esse triste quadro epidemiológico, o presidente Rodrigues Alves convocou o médico sanitarista Oswaldo Cruz, que, de imediato, pôs em marcha um ambicioso plano de saneamento e higienização da cidade. Seu projeto, porém, envolvia controvertidas medidas de controle da população e de seus hábitos de higiene.

Por Marco Cabral dos Santos

http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u39.jhtm

COMENTÁRIO

Por mais que pareça que o governo era o "mocinho" nesta história, não era. Eles só queriam mais um método para tentar adestrar os habitantes do Rio de Janeiro daquela época. A prefeitura poderia ter feito esta campanha de forma bem mais civilizada e agradável. Com suas ordens, porém, eles prórpios desencadearam uma revolta. Funcionários entravam na casa dos habitantes e quebravam tudo, com a desculpa de "desimar mosquitos". Essa revolta nos mostra que por mais que o governo pareça ter boas intenções, sempre devemos ficar bem atentos ao que eles realmente querem.
A Campanha Ficha Limpa foi lançada em abril de 2008 com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos que pretende tornar mais rígidos os critérios de inelegibilidades, ou seja, de quem não pode se candidatar.

Qualquer cidadão pode colaborar com a Mobilização. Basta imprimir uma cópia do formulário e coletar assinaturas em sua rua, bairro, trabalho, escola, universidade entre tantos outros locais, sempre explicando sobre o que trata a Campanha. Para quem quiser algumas sugestões, é só utilizar o Roteiro de mobilização.

http://www.cqcblog.com/2009/10/cqc-entra-na-campanha-pela-ficha-limpa.html

COMENTÁRIO
O que é notório neste projeto de lei não é ele próprio, mas sim, a mobilização na população que ele causou. Milhões de pessoas ajudaram com sua assinatura, demonstrando um cansaço da população em aceitar a política como ela está. Ainda se mantém muito longe do que seria o ideal, mas tudo tem que ter um começo.
As diretas já representaram um marco para a sociedade brasileira. Nunca antes no Brasil ocorreu movimento em tão grande escala. Mobilizou milhões de pessoas em toda a nação em busca de um objetivo: eleições diretas e democráticas.

O Brasil estava no final da ditadura, já passava por momentos de transformação desde o final dos anos 1970, com a lei da anistia em 1979, pelo qual políticos exilados puderam retornar ao país e tantos outros foram libertos. Em 1983 começaram as primeiras manifestações em favor do voto direto. Essas manifestações começaram só como encontros, mas seguindo alguns meses, muitas das capitais brasileiras estavam minadas de manifestantes pedindo a abertura dos votos.

Como temos neste momento uma ditadura mais branda, a organização das passeatas, se tornaram mais abertas, e movimentando números gigantes, que foram negados pela mídia pró-ditadura, caso interessante foi o da Folha de São Paulo, passando a defender os manifestantes, publicando as manifestações e números, negadas por emissoras de televisão e outros meio de comunicação. Conforme a pressão aumentava, ficava mais evidente que a ditadura não se manteria por muito tempo. Portanto pode-se perceber uma migração de vários políticos para o lado dos protestantes, não por não acreditarem mais na ditadura, mas sim pra poderem manter suas praças políticas.

As manifestações transcorrem de norte a sul do país, sendo em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (em São Paulo que ocorre a maior manifestação com maior número de pessoas em território nacional) ocorrem as maiores manifestações.

Em consequência deste evento, em 1985 caí à ditadura (pois neste ano assume um presidente civil), mas as eleições diretas só ocorrem em 1989, 4 anos após a queda do regime militar. Sendo Tancredo Neves eleito por voto indireto, por ter morrido antes mesmo de sua posse quem assume a presidência é José Sarney, que havia abandonado a arena e se juntado a Tancredo. Portanto o movimento da diretas já, conseguiram a abertura do voto nas eleições seguintes.

Por Alexandre Henrique Gerhardt
Caras-pintadas foi o nome dado aos jovens e estudantes que, em agosto e setembro de 1992, pintaram o rosto de verde e amarelo e organizaram passeatas pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. O primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1961 --quando Jânio Quadros saiu vencedor das urnas-- foi acusado pelo próprio irmão, Pedro Collor de Melo, de cumplicidade com seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, acusado de cometer crimes como enriquecimento ilícito, evasão de divisas e tráfico de influência.

As denúncias, que se intensificaram por todo o mês de maio, culminaram com a formação do Movimento pela Ética na Política, composto por 18 entidades civis, como centrais sindicais, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
18.set.92/Folha Imagem
Estudantes saíram às ruas em 1992 paea pedir o impeachment de Fernando Collor
Estudantes saíram às ruas em 1992 para pedir o impeachment de Fernando Collor

No dia 29 de maio daquele ano, o movimento organizou um fórum pelo afastamento de Collor que contou com a participação de mais entidades, como partidos políticos e a UNE (União Nacional dos Estudantes).

A pressão da sociedade obrigou a instalação de uma CPI no dia 1º de junho de 1992, cujo início foi marcado pelo depoimento de Pedro Collor --no dia 4 daquele mês.

Com o avanço das investigações e com as declarações favoráveis ao afastamento do presidente --como as do então presidente do PT Luiz Inácio Lula da Silva-- sendo amplamente cobertas pela mídia, parcela de jovens da classe média se mobilizou.

A juventude começou a tomar as ruas em agosto. A primeira manifestação aconteceu no dia 11, em uma passeata marcada em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) que reuniu cerca de 10 mil pessoas.

"A gente saiu do museu, pegou a avenida Paulista, desceu a avenida Brigadeiro Luiz Antônio e terminou em frente à faculdade de direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo São Francisco", diz o prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias (PT-RJ), que na época era o presidente da UNE.

Tanto aquela como as demais passeatas foram marcadas pela irreverência, diversidade política e apartidarismo. "Os estudantes faziam questão de rechaçar a participação de partidos políticos", afirma a historiadora Maria Aparecida de Aquino, professora da USP. "Era um sinal claro de que os partidos não davam conta das reivindicações."
05.out.07/Folha Imagem
Cecília Lotufo, ex-musa dos cara-pintadas, hoje aos 33 anos: "conquista de todo nós"
Cecília Lotufo, ex-musa dos cara-pintadas, hoje aos 33 anos: "conquista de todo nós"

No dia 14, Collor foi à televisão para convocar a população a vestir verde e amarelo e a sair pelas ruas no domingo, 16, em resposta aos que o atacavam. Mas aquele dia ficou conhecido como "domingo negro" --os jovens saíram às ruas vestindo roupas negras e pintando o rosto da mesma cor em sinal de luto contra a corrupção.

Em Salvador (BA), cerca de 20 mil estudantes também se vestiram de negro e pintaram o rosto de verde e amarelo. Mas as manifestações se avolumaram a partir do dia 25 de agosto, quando o Movimento pela Ética na Política pediu por mais manifestações públicas.

Naquela mesma manhã, 400 mil estudantes com os rostos pintados voltaram ao Masp, mas dessa vez seguiram para o Vale do Anhangabaú. "As passeatas começavam entre 11h e meio-dia. Os estudantes que ainda estavam em aula, pulavam os muros para acompanhar a passeata", afirma Lindberg.

Em Salvador, 80 mil pessoas participaram de uma passeata gritando "fora Collor", enquanto outras 100 mil faziam o mesmo em Recife. No dia seguinte, em Brasília, 60 mil pessoas aguardavam a aprovação do relatório da CPI feito pelo senador Amir Lando (PMDB-RO), que recomendava a abertura de impeachment.

O relatório foi aprovado por 16 votos a cinco. O passo seguinte foi a formulação do pedido de impeachment, que foi entregue na Câmara no dia 1º de setembro.
Eraldo Peres/AP
O ex-presidente Fernando Collor está de volta, agora como senador por Alagoas
O ex-presidente Fernando Collor está de volta, agora como senador por Alagoas

Era mais um motivo para que os caras-pintadas continuassem pelas ruas do país. A principal manifestação foi novamente em São Paulo, agora no dia 18 de setembro. Cerca de 750 mil pessoas ficaram até as 21 horas no Vale do Anhangabaú.

Finalmente, no dia 29, a Câmara dos deputados vota a abertura do impeachment. Em transmissão ao vivo, 448 deputados votaram a favor, 38 contra, 23 não foram à sessão e um se absteve. "Eu estava no Anhangabaú pra assistir a votação no telão", lembra a musa dos caras-pitadas, Cecília Lotufo. "A cada voto, era um abraço com desconhecidos. No final começou um temporal, mas ninguém ligou para a chuva: era uma conquista de todo nós."

Com o processo de impeachment aberto no Senado no dia 2 de outubro, Collor deixou a presidência interinamente. Mas no dia 29 de dezembro de 1992 ele renunciou abrindo espaço para seu vice, Itamar Franco. Apesar da renúncia, o Senado prosseguiu com o processo, que lhe tirou o cargo e o deixou inelegível por oito anos.

Aquela passeata foi comparada pela imprensa ao movimento estudantil de 1968. "A Rede Globo estava passando a minissérie 'Anos Rebeldes', do Gilberto Braga, que falava sobre o papel dos estudantes contra a ditadura", lembra Lindberg. "Em nossa primeira passeata, a gente colou um cartaz que dizia 'Anos Rebeldes, Próximo Capítulo'."

Para a historiadora, os momentos eram muito distintos. "Na década de 1960, os protestos eram pela mudança do regime político do país. Já os caras-pintadas só queriam a queda do presidente", diz. "É um movimento que se extinguiu em si mesmo depois de atingir seu objetivo."

Por Wanderley Preite Sobradinho
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u397259.shtml

COMENTÁRIO
Fora um grupo de jovens muito determinados. Eles nos mostraram que é pela organização, e sem agressões físicas que podemos obter o resultado que almejamos. Eles realmente fizeram história em nossa pátria, conseguindo o impeachment do ex-presiente Collor. Os Caras Pintadas são exemplos de como qualquer cidadão deve se portar diante de suas revoltas, e que com muita garra e determinação podemos sim, melhorar o Brasil que vivemos.
Após a repressão aos movimentos grevistas desfechada pelo governo de Eurico Gaspar Dutra (1946/1950), as organizações operárias conheceram um novo crescimento na década de 1950. O momento marcante desse ressurgimento das lutas sindicais no país foi a greve dos 300 mil trabalhadores, em SP, no ano de 1953.

Iniciado nas indústrias do setor têxtil, o movimento por aumento salarial e melhorias das condições de trabalho estendeu- se, rapidamente, para outras categorias profissionais, transformando-se em uma greve generalizada.
O movimento, que durou quase um mês, resultou na vitória dos grevistas, com aumento salarial de 32% -principal reivindicação dos trabalhadores.Contudo, os resultados mais significativos do movimento grevista foram a derrubada da lei 9.070, aprovada no governo Dutra e que, na prática, proibia a realização de greves, e o aumento de 100% do salário mínimo, decretado no ano seguinte.

http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=81023

COMENTÁRIO
Esta greve é significativa não só pelo tamanho que atingiu, mas por alcançar seus objetivos primários. A pressão exercida pelos operários em sua greve nos mostra motivação, dedicação e organização em suas manifestações. O motivo principal seria o reajuste de seus salários para usufruírem melhor do capitalismo. Vemos que eles não lutam sob bandeiras do comunismo, reivindicações para toda a população. Estão pensando em arranjar o dinheiro para comprar o pão de todo o dia. Temos que observar e não podemos julgá-los por isso, e sim dar apoio, porque foi nesta greve que começa o movimento sindicalista brasileiro. Estes sindicatos sim, buscariam melhores condições para todos os trabalhadores.
É difícil definir onde e quando começou essa campanha de compartilhar abraços entre pessoas comuns, sem o interesse de companhia diária, dinheiro, promoção, política ou sexo.

O objetivo do Movimento Free Hugs, Abrazos Gratis ou Abraços Grátis é fazer com que as pessoas abraçadas se sintam melhor, pois o ato do abraço diminui a pressão sanguínea, o batimento cardíaco e o nível de hormônios ligados ao estresse.

Segundo o site Free Hugs Movement, o registro mais antigo desse tipo de manifestação coletiva aconteceu em 1986, quando o Reverendo Kevin Zaborney criou em sua igreja o National Hugging Day (Dia Nacional do Abraço), celebrado todo ano, no dia 21 de janeiro. Posteriormente, esse movimento passou a ser praticado em outras instituições como ONGs, hospitais, escolas dos EUA, Cana
dá, Inglaterra, Austrália, Alemanha e Rússia.

Em 2001, Jason Hunter deu início ao Movimento Free Hugs (Abraços Grátis), após perder sua mãe. Um dia que começou em completa tristeza terminou em grande alegria porque eu percebi que minha mãe tinha feito exatamente o que Deus solicitou dela – disse ele sobre o acontecido, no site da sua campanha. Ela adorava abraçar as pessoas, independente da raça ou sexo, e fazer com que soubessem o quanto eram importantes. Que mundo maravilhoso poderíamos ter se nós fossemos conhecidos como pessoas que têm um sorriso e uma palavra amável para todos – diz Jason Hunter no site da campanha Free Hugs liderada por ele. Jason quis dar continuidade à missão de sua mãe e saiu pelas ruas da praia ao sul de Miami com o cartaz escrito Free Hugs (Abraços Grátis).

No entanto, as manifestações citadas acima incentivavam o ato do abraço somente entre pessoas conhecidas e nenhum dos dois conseguiu transformar a sua campanha em um movimento de massa não institucionalizado. Até que…

Em 2004, o principal protagonista da história, que estava vivendo em Londres, voltou a sua cidade natal, Sydney, na Austrália. Não havia ninguém para recebê-lo no aeroporto porque sua família estava passando por problemas internos: seus pais estavam se divorciando, sua avó estava muito doente e sua namorada tinha acabado de romper o relacionamento deles. Parado lá no terminal de embarque / desembarque, vendo outros passageiros encontrarem seus amigos e família esperando por eles, com os braços abertos e sorriso no rosto, abraços e risos juntos… eu queria que alguém estivesse lá esperando por mim… feliz em me ver, sorrir para mim, esperar por mim – disse Juan Mann em entrevista no programa de TV Oprah Winfrey Show.

Para se animar, Juan Mann (apelido criado para manter a privacidade dele) foi a uma festa onde uma desconhecida o presenteou com um abraço. Senti-me como um rei, foi o melhor que já me aconteceu – disse Juan Mann ao descrever o momento em entrevista à revista Who. Seis meses após a festa, ele fez um cartaz com as palavras Free Hugs e levou a um shopping do centro de Sydney, oferecendo seu abraço a todos que passavam.

Eu peguei um papelão e uma canetinha e fiz um cartaz. Eu encontrei um local de passagem para pedestres ocupados na cidade e levantei o cartaz com as palavras Abraços Grátis dos dois lados [frente e verso]. E por 15 minutos as pessoas realmente passavam direto por mim. A primeira pessoa que parou me deu um tapinha no ombro e me contou como seu cachorro tinha morrido naquela manhã, como aquela manhã fazia um ano que sua única filha havia morrido em um acidente de carro… como o que ela precisava agora, quando ela se sentiu a pessoa mais solitária do mundo, era um abraço. Eu abaixei em um joelho, levamos nossos braços um em volta do outro e quando nós nos despedimos, ela estava sorrindo – disse ele.

Juan Mann transformou isso em um ritual e toda semana carregava o cartaz até o shopping Pitt Mall Street, em Sydney. Assim, ele conheceu Shimon Moore, um músico, líder da banda Sick Puppies, que filmou o jovem oferecendo seu abraço com cartazes e sendo interrompido freqüentemente pela Polícia Australiana. Em setembro de 2006, a avó de Juan Mann não conseguiu mais resistir à doença e veio a falecer. Shimon Moore, pensando em animá-lo, editou as imagens do vídeo, mesclou-as com sua música e deu de presente para Juan Mann, assim como fez o upload de seu registro para o Youtube.


Graças à força viral desse meio de comunicação, o movimento Free Hugs se tornou conhecido em todo o mundo. O vídeo já teve mais de 10 milhões de visualizações e milhares de comentários. Inicialmente, algumas pessoas desconfiaram da motivação de Juan Mann, porém, em um mês, muitos jovens estavam imitando o seu gesto em outros países e a ação se tornou um movimento social com sites de apoio em várias línguas. Os sites contam, em seus fóruns, histórias de famílias que foram restauradas e pessoas que se sentiram melhor psicologicamente depois de ganharem alguns abraços inocentes ou que alegraram, com esse gesto, outras pessoas que estavam tristes.

Após algum tempo, a Polícia Australiana começou a proibir o movimento. A condição para que a campanha continuasse era a de que Juan Mann pagasse uma espécie de seguro de $25 milhões em que ele assumiria a responsabilidade pelo que acontecesse com as outras pessoas enquanto participavam do movimento. Juan Mann e seus companheiros fizeram um abaixo assinado para tentar convencer as autoridades a permitir que a campanha continuasse sem o pagamento do seguro. A petição alcançou 10 mil assinaturas e, assim, ele conseguiu a permissão para continuar oferecendo abraços grátis.


Sobre suas motivações, os abraçadores explicam:
Todo mundo tem problemas e certamente o meu não pode ser comparado com o dos outros. Mas ver alguém que antes estava carrancudo, sorrir pelo menos por um momento, sempre vale a pena. (Juan Mann)
Não importa qual é o seu trabalho, talvez o trabalho mais importante que podemos fazer é ajudar a encorajar os outros, especialmente pelas nossas ações. (Jason Hunter)


http://www.abracosgratis.com.br/informacoes/

COMENTÁRIO
Em resumo, são pessoas comuns que tiram alguns minutos de seus dias para tentar aliviar a pressão que a vida em seu cotidiano gera, a partir de um abraço. Já houve muitas reportagens sobre isso na mídia televisiva, entrevistas com pessoas que choravam por tal ato. Realmente, é algo muito bacana de se presenciar. Em Porto Alegre pude ter a horna de receber um abraço grátis num momento de estres, e fora revigorante. Afeto, quando sem malícia, sempre é um dos melhores meios para melhorar o mundo.
O projeto Diário Refluxo nasceu em São Paulo em 2003, a partir de uma idéia original de Peri Pane.

De 28 de agosto a 4 de setembro, ele realizou uma performance em que ficou sete dias sem jogar fora seu lixo pessoal, acumulando garrafas, papéis, vidros, jornais, latas, filtros de cigarro, por fim, todos os tipos de embalagens e restos inorgânicos. Todo lixo era armazenado junto ao seu a corpo, em uma capa especial com 43 bolsos de tamanhos variados.

Como a roupa foi feita de plástico transparente, o lixo ficava à vista de todo mundo. Assim, por onde passava, o chamado homem refluxo causava diversas reações nos outros habitantes da cidade, desencadeando uma reflexão sobre o consumismo nos centros urbanos.

A idéia da experiência foi lançar um olhar diferente sobre a produção industrial e o consumo desmedido de resíduos sólidos a partir da menor célula da sociedade: o indivíduo.

Em 2006, a experiência foi repetida na Espanha, dentro do festival Drap Art, no Centre de Cultura Contemporània de Barcelona. Dessa vez, um casal (Renata Caos e Peri Pane) passou sete dias acumulando seu lixo.

Em 2009, a performance acontece na Itália, a convite do Napoli Teatro Festival Itália

Tudo o que acontecer a Terra, acontecerá aos filhos da Terra. (chefe Seattle)

Por KK Santos
http://www.homemrefluxo.com/br/projeto

COMENTÁRIO
Esse é um exemplo do que um único ser humano pode fazer pela sociedade. Pode parecer pouco, mas este homem causou um impacto muito grande, a nível internacional. Fez as pessoas que passavam por ele refletirem, o quanto de sujeira produziam em uma semana. Ele é um dos grandes exemplos que nem sempre há necessidade de uma multidão para fazer as pessoas reformularem aspectos da vida.
A Revolta da Chibatka ocorreu em 22 de novembro de 1910, no Rio de Janeiro, com a revolta dos marinheiros. Naquele período era comum açoitar com chibatadas os marinheiros, tudo com intuito de discipliná-los.

Através dessa prática violenta os marinheiros se revoltaram principalmente depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues levou 250 chibatadas diante de todos os presentes no navio, desmaiou e continuou sendo açoitado.

Sempre em uma revolta ou manifestação uma pessoa toma a frente para encorajar os outros, nesse caso o Almirante Negro, o Marujo João Cândido, foi o primeiro a esboçar uma ação contrária aos castigos das chibatas.

Na baía de Guanabara encontravam-se vários navios que foram tomados pelos rebeldes, além disso, começaram a controlá-los retirando todos oficiais, aqueles que causassem resistência à ocupação eram assassinados, e se caso o governo não atendesse suas exigências ameaçavam lançar bombas na cidade.

Após o conflito, passaram-se quatro dias e, então, o Presidente Hermes da Fonseca decretou o fim da prática violenta de castigos e perdoou os marinheiros.



Entretanto, quando foram entregar as armas notaram que tinham sido enganados pelo presidente que, automaticamente, retirou da corporação da Marinha todos aqueles que compunham a revolta, além de João Cândido o líder, com isso foram depositados no fundo de navios e prisões subterrâneas na Ilhas das Cobras.


Por Rainer Sousa

http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/a-revolta-da-chibata.htm


COMENTÁRIO

Primeira observação a ser feita, quem eram os marinheiros? Eram os negros que saíram das fazendas e foram parar na marinha, por não possuírem outra opção de emprego. Então postos num navio com péssimas condições de habitação e ainda mal tratados.

Lutando por condições mais aceitáveis de trabalho, romperam um dos vínculos escravistas dentro da marinha (sendo a mais de 20 anos da abolição da escravatura). Fora um movimento em favor da não segregação da população negra. O final da revolta pode ter levado os rebeldes à prisão, mas o peso dela fez com que as chibatadas disciplinares terminassem na marinha.


Ao aprovar o projeto Substitutivo ao PLC 89/2003, PLS 137/2000 e PLS 76/2000, redigido pelo Senador Azeredo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara quer transformar milhares de internautas em criminosos.

O Senador Azeredo quer tornar uma das atividades mais criativas da Internet em ato criminoso. Quer transformar os fansubbers, os fanfictions e a tradução de séries de TV em crime. O Senador considera que traduzir um Mangá é um crime tão grave como invadir um banco de dados e subtrair dinheiro de um aposentado.

Milhares de jovens e adultos participam de grupos de Fansubbers traduzem animes (desenhos animados) do japonês para o português. Eles legendam estes desenhos e distribuem gratuitamente pela rede. Trata-se de um fenômeno mundial e muito popular no Brasil. Jovens, Advogados, médicos, engenheiros, universitários, com idade entre 16 e 35 anos, serão considerados criminosos assim que o Substitutivo do Senador Azeredo for aprovado no Plenário.

Além dos fansubbers, o Senador Azeredo quer colocar na prisão também os criadores de Fanfics ou Fanfictions. São ficções criadas por fãs de uma série de TV ou cinema qualquer. Pessoas comuns fazem o que Walt Disney fez com os Irmãos Grimm, recriam seus contos e estórias, mas fazem por hobby, sem intenção comercial. O fanfic são contos ou romances escritos por quem gosta de determinado filme, livro, história em quadrinhos ou quaisquer outros meios de comunicação. Somente um dos sites mais interessantes de Fanfic em português, criado em novembro de 2005, conta com aproximadamente 7,511 histórias (24,081 capítulos e o impressionante total de 37,620,962 palavras). Este site e centenas de blogs estarão na mira do substitutivo do Senador Azeredo.

Isto porque ninguém poderá usar nenhum arquivo sem a expressa autorização do seu autor. O artigo 285-B do Substitutivo do Senador Azeredo diz que será considerado CRIME:

"Obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Se o dado ou informação obtida desautorizadamente é fornecida a terceiros, a pena é aumentada de um terço."

Como bem afirmou o jurista Lawrence Lessig, a criatividade estará em perigo se substituirmos a cultura da liberdade pela cultura da permissão. O Senador Azeredo com o artigo 285-B pretende criminalizar uma das principais características da cibercultura que é o remix, que são as práticas recombinantes. Azeredo quer bloquear uma das principais condições para a criatividade que é a reciclagem de idéias, a possibilidade de compartilhar bens culturais.

Será que todos os Senadores brasileiros sabem que eles irão considerar criminoso um jovem que baixa um capítulo da série Lost para traduzi-la, inserir a legenda em português, para distribui-la gratuitamente em redes P2P? Não é possível que eles considerem o ato de solidariedade do jovem, ao distribuir gratuitamente o vídeo legandado, como algo que exija o aumento de sua pena em "um terço".

Será que nossas cadeias precisam de gente criativa? O que este artigo 285-B tem a ver com o combate a pedofilia? Trata-se de uma agenda oculta? Será que nossas Casas legislativas querem criminalizar a cibercultura?


O PARECER do senador Azeredo pode ser obtido no endereço:
http://webthes.senado.gov.br/sil/Comissoes/Permanentes/CCJ/Pareceres/PLC2008061889.rtf

Por Sérgio Amadeu da Silveira
http://samadeu.blogspot.com/2008/06/senador-quer-criminalizar-fansubbers.html

Mais fontes sobre o assunto:
http://samadeu.blogspot.com/2008/07/senador-cria-figura-do-provedor-delator.html
http://samadeu.blogspot.com/2008/06/projeto-de-azeredo-quer-proibir-troca.html
http://samadeu.blogspot.com/2008/06/projeto-no-senado-proibir-redes-abertas.html
http://samadeu.blogspot.com/2008/06/gravissimo-projeto-de-lei-aprovado-em.html


COMENTÁRIO
Todos sabemos que pirataria na internet é crime. Donwloads de filmes, seriados ou músicas sem autorização do devido proprietário é ilegal. Com os anos, porém, a prática de tal ato é tão comum que tornou-se inocente. Há mais pessoas utilizando tais métodos para lazer, do que visando algum maldade. Há internautas, como os citados no texto acima, que fazem mais. Além do proveito próprio, eles traduzem seus seriados/filmes/animes favoritos e os redistribuem, gratuitamente, para todos os que querem vê-los, mas não conseguem entende-los por ser de uma língua distinta. Por mais que o meio seja ilegal ao ver da legislação, há muito altroísmo nessa questão. Será que há tantas prisões com espaço sobrando para prender pessoas desse tipo? Ou será que o governo deve se focar aos verdadeiros criminosos que estão a solta matando e assaltando pessoas?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST surgiu a partir da necessidade de promover a reforma agrária. Esse por sua vez é um sistema que visa distribuir terras de forma justa. A partir desse pensamento e da oposição real em que o Brasil se encontra, pessoas que não possuem terras para plantio organizaram um movimento de protesto contra a centralização de terras nas mãos de poucos.

O movimento é organizado em 24 estados brasileiros a partir de comissões de frente que buscam a reforma agrária de forma verdadeira. Cada comissão é responsável pelos setores de saúde, direitos humanos, gênero, educação, cultura, comunicação, formação, projetos e finanças, produção, cooperação, meio ambiente e frente de massa.

Como forma de reivindicação e de fazer valer a reforma agrária, o MST ocupa os latifúndios e se mobilizam em massa de forma que os proprietários fiquem sem maneiras de reagir. Também adquiriu ao longo do tempo características absorvidas de outras lutas sociais em busca dos direitos humanos.

O MST a partir de sua manifestação impactante universalizou sua causa e tornou conhecida a necessidade de fazer valer o direito do homem de ter seu espaço para morar e promover seu sustento e ainda trouxe à tona a ocupação improdutiva de terras por pessoas que visam apenas terem posses.

Existem pessoas que se infiltram no movimento com a intenção de enganar o governo e os próprios manifestantes, somente para obterem um pedaço de chão. Estes, de maneira alguma devem ser considerados integrantes sem-terra.

Por Gabriela Cabral
http://www.brasilescola.com/sociologia/mst.htm

COMENTÁRIO

Sabemos que o MST está longe desta explicação teórica, mesmo assim não podemos desconsiderar o movimento e pessoas envolvidas por estes motivos. Se analisarmos, a reforma agrária poderia ser uma maneira de desafogar as cidades da população desempregada, claro que não poderia retirar esse povo de lá e atira-los no campo sem nenhuma experiência em cultivo da terra, iriam falir antes da primeira safra. Podemos, porém, considerar o movimento à busca de igualdade para os trabalhadores rurais, pelos quais não têm direitos trabalhistas, por não possuirem carteira assinada e outras maneiras de pagar impostos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Rio de Janeiro, 26 de junho de 1968, dia em que ocorreu um dos atos mais importantes contra a ditadura militar instaurada no Brasil. Antes da passeata dos 100.000, já havia ocorrido manifestações estudantis nas ruas, sempre reprimidas pela polícia, com mortes de estudantes e a prisão de mais de 300 pessoas.

Foi permitida, depois de dias sangrentos, uma manifestação marcada para o dia 26 de junho, uma manifestação vigiada por mais de 10 mil policiais e que era composta por estudantes, artistas, religiosos e intelectuais pelas ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro. Além de protestar contra a ditadura, os estudantes protestavam contra a privatização do ensino, na época, já sinalizada pelo governo.

O governo abria caminhos para a instauração do ensino particular pago em todos os níveis, incluindo o superior, e a tendência de cursos pragmáticos com o intuito de somente formar mão-de-obra para as empresas capitalistas, esquecendo a formação de cidadã
os. A política educacional do MEC, naquela época, estava sob influência de técnicos norte-americanos.

A passeata dos 100.000 iniciou às 14 horas, com cerca de 50 mil pessoas, número que dobrou em 1 hora. Depois da passeata, houve uma reunião entre o então presidente Costa e Silva e os universitários Franklin Martins e Marcos Medeiros, na qual foi solicitada a libertação de estudantes presos e o fim da censura.

No mês seguinte, o governo militar proibiu qualquer manifestação pública no país, o que gerou a prisão e mortes de vários estudantes. Em 21 de agosto de 1968, o projeto de lei da anistia aos estudantes foi rejeitado pelo Congresso. A legalização da repressão ocorreu através do AI-5, Ato Institucional nº5, em 13 de dezembro de 1968.

Por Fernando Rebouças

http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/passeata-dos-100-mil/


COMENTÁRIO

A partir de uma breve observação no texto pode-se constar que essa passeata ocorre justo quando a ditadura está mais sólida, mostrando uma organização muito grande dos estudantes contra o governo. Ao nosso ponto de vista fora muito significativo, desmitificando a visão de sociedade brasileira ser acomodada e aceitar tudo que lhe é imposta. Essa manifestação não acabou com a ditadura, mas nos passou uma grande lição: se algo nos incomoda, devemos reclamar e exigir direitos justos para que todos possam exercer sua liberdade. Mesmo não conseguindo atingir os objetivos a curto prazo, podemos ter certeza que a longo prazo eles terão valor muito grande, mesmo que seja só por uma demonstração de coragem.
 

Copyright 2010 ¡viva la revolución, brasil!.

Theme by WordpressCenter.com.
Blogger Template by Beta Templates.