Através dessa prática violenta os marinheiros se revoltaram principalmente depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues levou 250 chibatadas diante de todos os presentes no navio, desmaiou e continuou sendo açoitado.
Sempre em uma revolta ou manifestação uma pessoa toma a frente para encorajar os outros, nesse caso o Almirante Negro, o Marujo João Cândido, foi o primeiro a esboçar uma ação contrária aos castigos das chibatas.
Na baía de Guanabara encontravam-se vários navios que foram tomados pelos rebeldes, além disso, começaram a controlá-los retirando todos oficiais, aqueles que causassem resistência à ocupação eram assassinados, e se caso o governo não atendesse suas exigências ameaçavam lançar bombas na cidade.
Após o conflito, passaram-se quatro dias e, então, o Presidente Hermes da Fonseca decretou o fim da prática violenta de castigos e perdoou os marinheiros.
Entretanto, quando foram entregar as armas notaram que tinham sido enganados pelo presidente que, automaticamente, retirou da corporação da Marinha todos aqueles que compunham a revolta, além de João Cândido o líder, com isso foram depositados no fundo de navios e prisões subterrâneas na Ilhas das Cobras.
Por Rainer Sousa
http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/a-revolta-da-chibata.htm
COMENTÁRIO
Primeira observação a ser feita, quem eram os marinheiros? Eram os negros que saíram das fazendas e foram parar na marinha, por não possuírem outra opção de emprego. Então postos num navio com péssimas condições de habitação e ainda mal tratados.
Lutando por condições mais aceitáveis de trabalho, romperam um dos vínculos escravistas dentro da marinha (sendo a mais de 20 anos da abolição da escravatura). Fora um movimento em favor da não segregação da população negra. O final da revolta pode ter levado os rebeldes à prisão, mas o peso dela fez com que as chibatadas disciplinares terminassem na marinha.
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