O governo abria caminhos para a instauração do ensino particular pago em todos os níveis, incluindo o superior, e a tendência de cursos pragmáticos com o intuito de somente formar mão-de-obra para as empresas capitalistas, esquecendo a formação de cidadãos. A política educacional do MEC, naquela época, estava sob influência de técnicos norte-americanos.
A passeata dos 100.000 iniciou às 14 horas, com cerca de 50 mil pessoas, número que dobrou em 1 hora. Depois da passeata, houve uma reunião entre o então presidente Costa e Silva e os universitários Franklin Martins e Marcos Medeiros, na qual foi solicitada a libertação de estudantes presos e o fim da censura.
No mês seguinte, o governo militar proibiu qualquer manifestação pública no país, o que gerou a prisão e mortes de vários estudantes. Em 21 de agosto de 1968, o projeto de lei da anistia aos estudantes foi rejeitado pelo Congresso. A legalização da repressão ocorreu através do AI-5, Ato Institucional nº5, em 13 de dezembro de 1968.
Por Fernando Rebouças
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/passeata-dos-100-mil/
COMENTÁRIO
A partir de uma breve observação no texto pode-se constar que essa passeata ocorre justo quando a ditadura está mais sólida, mostrando uma organização muito grande dos estudantes contra o governo. Ao nosso ponto de vista fora muito significativo, desmitificando a visão de sociedade brasileira ser acomodada e aceitar tudo que lhe é imposta. Essa manifestação não acabou com a ditadura, mas nos passou uma grande lição: se algo nos incomoda, devemos reclamar e exigir direitos justos para que todos possam exercer sua liberdade. Mesmo não conseguindo atingir os objetivos a curto prazo, podemos ter certeza que a longo prazo eles terão valor muito grande, mesmo que seja só por uma demonstração de coragem.
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